Global Research, The 4th Media, RINF,
Countercurrents e outros, qualquer página ou blog em que você esteja
lendo este artigo, será necessariamente veículo do que se chama “mídia
independente” ou “mídia alternativa”. Muitas dessas páginas não publicam
publicidade paga e vivem de doações de leitores. Muitos dos autores publicados nessas
páginas escrevem sem nenhuma ou com mínima remuneração.
Compare-se essa situação com a chamada “mídia-empresa
dominante”, quase sempre impressa ou de televisão, mas também por rádio.
A mídia-empresa dominante, com seus jornalistas pagos
(nem sempre bem pagos e muitas vezes miseravelmente mal pagos) e cuja
propriedade vai-se tornando cada vez mais concentrada, vive sob a direção, de
fato, dos anunciantes que a sustentam. Quase sempre pertence a empresários
privados, e os proprietários e acionistas têm declarado interesse em manter o
sistema econômico vigente, baseado na propriedade privada; e em construir o
consenso necessário para manter aquele sistema.
Além disso, esses veículos atualmente são cada dia
mais parte de conglomerados maiores, que podem incluir vários tipos de
indústrias – de armamento, de banking, etc. – e de interesses
financeiros e econômicos. Nessas circunstâncias já nem se pode sequer cogitar
de os veículos adotarem posição que prestigie mais o interesse do leitor/
radiouvinte/ telespectador, do que da própria organização na qual se insere a
dita mídia-empresa.