sábado, 31 de maio de 2014

Cabral e o Ovo de Colombo


Ovo de Colombo, 1924, aquarela-Nils von Dardel

29.04.2010 Pravda.ru
Fernando Soares Campos



metafórica expressão "Ovo de Colombo" refere-se a soluções que encontramos para certos problemas agindo de uma maneira que nos parece simples, comum, até natural, mas que na verdade houve época em que ninguém havia pensado naquilo, até que alguém planejou e resolveu agir daquela forma. Daí em diante, aquele método se tornou corriqueiro, solução óbvia; mas que nem sempre teria sido assim.
Depois do descobrimento da América, Cristóvão Colombo passou a desfrutar uma fama de dar inveja a Galileu, Gagarin ou aos Beatles. Os institutos castelhanos de pesquisa registravam homéricos índices de popularidade colombina, percentuais que, desde então, só são menores que os da popularidade de Lula, coisa nunca antes alcançada na história.
Certo dia, Colombo foi convidado para mais um banquete em que lhe prestariam honrosa homenagem. Um dos convidados, enciumado com a badalação em torno do nome de Colombo, lhe fez a seguinte pergunta:
Você descobriu o Novo Mundo, certamente merece reconhecimento, mas, por acaso, acredita que não existem outros homens na Espanha que poderiam ter realizado esse mesmo empreendimento?
Colombo, mantendo a fleugma, não respondeu diretamente à pergunta, mas propôs um desafio aos presentes. Pegou um ovo de galinha e desafiou todos os que ali se encontravam a colocar o tal ovo em pé, apoiando-o sobre uma de suas extremidades.
Muitos foram os que decidiram tentar vencer o desafio. Debalde (palavra que, à época, estava em voga, assim como, em voga, era naquele momento uma expressão em voga).
Todos fracassaram.
Depois de muitas tentativas, os desafiados voltaram-se para Colombo e declararam a impossibilidade de realizar aquela façanha.
Colombo pegou uma pitada de sal, colocou-a num canto da mesa e assentou o ovo sobre os cristalinos grãos (há quem diga que ele bateu cuidadosamente o ovo contra a mesa até que a casca se quebrasse levemente na parte mais arredondada), e com isso foi simples colocá-lo em pé.
O homem que o havia provocado inicialmente protestou:
Assim qualquer um pode fazê-lo!
Colombo respondeu:
Sim, qualquer um! Mas “qualquer um” que tivesse tido a idéia de fazê-lo.
E concluiu:
Uma vez que eu mostrei o caminho do Novo Mundo, “qualquer um” poderá segui-lo. Mas “alguém” teve antes que ter a idéia. E “alguém” teve, depois, que decidir-se a colocá-la em prática.
Dizem ainda que entre os convidados para o banquete estava o navegador português Pedro Álvares Cabral, que, diante da lição dada por Colombo, acreditou ter aprendido a realizar grandes navegações. Cabral estava convicto de que poderia até fazer um pouco mais, chegar um tanto mais longe que seu colega espanhol. E foi assim pensando que o comandante português se lançou ao mar.
Dias depois de iniciar a aventura que o levaria a terras tupiniquins, Cabral aportou nas Ilhas Canárias e postou uma carta a Colombo, através da qual fazia a seguinte observação:
Você nos ensinou a colocar o ovo em pé, fator considerado imprescindível para realizar grandes navegações, mas, já nestas primeiras milhas navegadas, posso lhe garantir que mantê-lo nessa posição com o mar agitado é praticamente impossível.

Moral : Para fazer mais que os outros, às vezes precisamos quebrar um pouco mais a casca do ovo ou aumentar a quantidade de sal em que este será apoiado.
P.S.1 : Há quem acredite que Lula não deveria ter feito certos acordos em nome da governabilidade; saiba, porém, que, nesse caso, fazer mais que ele exige firmar aliança até mesmo com Judas. E ainda mais estreita que com Sarney.
P.S.2 : Fazer mais não significa fazer melhor.
É fazer mais.

Adaptação operere


Guerras, assassinatos e sanções




domingo, 18 de maio de 2014
17/5/2014, [*] John Kozy, Global Research
Traduzido por mberublue

 “O líder do mundo livre” – é assim que os EUA gostam de chamar a si mesmos. Difícil atinar por que alguém acreditaria. Obviamente, as pessoas não são, por aqui, mais livres que em qualquer outra nação. Pergunte a um americano no que ele seria “mais livre” que qualquer cidadão da Holanda para fazer o que quiser; não espere nem conte com ouvir resposta muito significativa. Levando-se em conta apenas o tamanho do PIB, claro que os EUA são uma grande economia; nesse sentido, trata-se, afinal, de um grande país. Apenas Canadá e Rússia são maiores em extensão territorial, mas com populações menores. E os Estados Unidos nem são assim tão bem governados, lá que se diga! Enquanto uma minoria de americanos é obscenamente rica, outros mal ganham o suficiente para sobreviver. Embora a nação como um todo seja evidentemente próspera, grande parte da população é muito pobre. O poderio militar dos EUA é enorme; mas as vitórias militares, ínfimas!

Henry Kissinger certa vez disse que :
(...) em minha vida, vi quatro guerras que começaram com grande entusiasmo e apoio público; em nenhuma delas sabíamos como terminar; e de três delas nos retiramos unilateralmente.

 Perderam essas guerras. Mas não, ninguém “perde” guerras: o derrotado “retira-se unilateralmente”. Significa que um lado abandona a guerra sem pedir autorização para sair: isso, precisamente, significa “retirar-se unilateralmente”. Essas guerras, como soldados velhos, acabam, e pronto.


OS ORÁCULOS DA PILANTRAGEM





30/05/2014

(Hoje em Dia) - A Comissão Européia acusou, formalmente, na semana passada, os bancos HSBC, Crédit Agricole e JP Morgan, de promover acordos, por debaixo do pano, para manipular a taxa interbancária EURIBOR - que afeta diretamente o custo dos empréstimos para os tomadores.

Do golpe, participavam também o Barclays, o Societé Generále, o Royal Bank of Scotland, e o Deutsche Bank, já condenados, pelo mesmo crime, em dezembro, a pagar multa de mais de um bilhão de euros.
   
O Deutsche, maior banco da Alemanha, teve de ser capitalizado em 8 bilhões de euros, esta semana, para  para não quebrar. O Banco Espírito Santo, de Portugal, também a ponto de quebra, foi acusado, pela KPMG, de graves irregularidades em suas contas. E o Crédit Suisse foi condenado a pagar 2.6 bilhões de dólares à justiça dos EUA, por favorecimento ao desvio de divisas e à sonegação de impostos. 

Barack Obama e seu falso pacifismo



O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira (28) o que a publicidade da Casa Branca apresentou como as “novas linhas” da política externa dos Estados Unidos. 

Simbolicamente, o pronunciamento foi feito durante a formatura dos cadetes da Academia Militar de West Point, mesmo cenário em que 12 anos atrás o ex-presidente George W. Bush proclamou a política externa belicista que tantos danos provocou à paz mundial e à segurança internacional. Em jogada de sentido eleitoral, Obama tentou encenar que fazia o oposto.

Foi mais uma tentativa de apresentar sua visão sobre o papel dos Estados Unidos no mundo, num quadro em que externamente crescem a resistência anti-imperialista dos povos e a oposição de forças emergentes que não toleram o exercício da hegemonia estadunidense. No plano interno, Obama defronta-se com uma oposição das forças mais reacionárias, representadas pelo Partido Republicano, que o acusam de fraqueza nas relações com países rivais, como a Rússia. Sintomaticamente, o chefe da Casa Branca disse aos cadetes que a nação a que eles estavam sendo chamados para servir procuraria evitar “desventuras militares no exterior”, ao mesmo tempo em que enfrenta um novo conjunto de “ameaças terroristas do Oriente Médio para a África”.

Estulin: "Bilderberg quer controlar as necessidades vitais do resto da humanidade"

A atividade do Clube Bilderberg, que se reúne nos dias de hoje, em Copenhague, sempre intrigou a sociedade. Daniel Estulin, autor de vários livros sobre o assunto, apresenta seu ponto de vista em um artigo para a RT.

© REUTERS Gustau Nacarino
Enviada: 31 de maio de 2014

No mundo das finanças internacionais aqueles que dirigem os eventos e aqueles que reagem a elas se movem. Enquanto este último vai saber mais, são mais numerosos e também são, aparentemente, o mais influente, o poder real está nas mãos da antiga. Ocupando o centro do  sistema financeiro global  é a oligarquia hoje representada pelo  Clube Bilderberg .

Ocupando o centro do sistema financeiro global é a oligarquia hoje representada pelo Clube Bilderberg
Bilderberg  é uma organização muito dinâmica, que muda ao longo do tempo absorvendo e criando novos elementos enquanto excretado decadente pedaços que sobraram. Os seus membros vêm e vão, mas o próprio mecanismo não mudou. É um sistema que se perpetua, uma teia virtual do financeiro, político, econômico e industrial entrelaçadas ao redor de seu núcleo, o modelo de Fundo ultramontana veneziana. entretanto, não é uma sociedade secreta. Nós não temos um olho mal que vê tudo ou conspiração judaico-maçônica aqui. Sem conspiração, tanto quanto as pessoas possam pensar assim em suas fantasias de infância. Não existe nenhum grupo de pessoas, não importa quão poderoso, sentado a uma mesa em uma sala escura, apertando as mãos, olhando para uma bola de cristal e planejando nosso futuro. 

A idéia por trás de cada reunião de Bilderberg é criar o que eles chamam a aristocracia de propósito

Bilderberg é uma reunião de pessoas que representam uma certa ideologia. Bilderberg é um meio de reunir os predadores mais poderosos e em torno das instituições financeiras perspectivas económicas mundiais. E hoje, essa combinação de interesses é o pior  inimigo da humanidade . Não é um Governo Mundial ou Nova Ordem Mundial, como muitas pessoas acreditam erroneamente. Em vez disso, a ideologia é uma empresa global, SA Em 1968, durante uma reunião de Bilderberg no Canadá, George Ball, que nessa época era secretário para os Assuntos Económicos e com JFK Johnson perguntou: "Onde está legitimidade para os gestores das empresas para tomar decisões que afetam tão profundamente a vida econômica das nações cujos governos a responsabilidade é limitada? " A idéia por trás de cada reunião de Bilderberg é criar o que eles chamam a aristocracia de propósito entre as elites Europa e América do Norte, a fim de gerir o mundo da melhor maneira possível. Em outras palavras, a criação de uma rede global de acordos gigantes. Mais poderoso do que qualquer outra nação na Terra, destinado a controlar as necessidades da vida do resto da humanidade.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

O problema com especialistas

Sinopse: Eles nos dizem o que comer, como votar, criar os nossos filhos, arranjar as nossas casas, comprar os nossos vinhos, interpretar os acontecimentos políticos e, até recentemente, escolher as ações certas.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Eles estão em todos os média dizendo-nos o que pensar, porque há informação a mais para que nós possamos decidir por nós mesmos. Então, muitas vezes, entregamos as nossas próprias opiniões a eles porque, bem ... eles são especialistas, têm obrigação de saber melhor do que nós. Ou não é?

Na recente crise bolsista, descobrimos que alguns dos nossos mais importantes especialistas - os nossos gurus financeiros - não sabiam muita coisa

Então e os outros especialistas existentes? Ser especialista significa tomar melhores decisões do que as pessoas normais? Ou são apenas parte de um novo culto de especialização, uma industria em crescimento que se tornou recente na nossa nova religião?












Para ativar a legenda clique no botão indicado acima.


quarta-feira, 28 de maio de 2014

O emprego e a urna

O avanço da extrema direita numa Europa com 26 milhões de desempregados mostra o quanto é perigosa a agenda que pretende replicar aqui o arrocho praticado lá.



por: Saul Leblon
28/05/2014

Berço do Renascimento e das ideias libertárias, a Europa se transformou em um enorme depósito de desempregados.

Vinte e seis milhões de trabalhadores foram cuspidos do mercado de trabalho pelo arrocho neoliberal que se arrasta por seis anos.

Vinte e cinco por cento dos eleitores do continente responderam à desordem dando seus votos às ideias xenófobas, de extrema direita, eurocéticas e fascistas nas eleições deste domingo, na renovação do parlamento  europeu.

O conservadorismo brasileiro faz olhar de paisagem.

A mídia trata o terremoto como um sismo em terras distantes.

Um assunto estranho a sua pauta.

Não é.

Os interesses que modularam o funeral do Estado Social europeu nas últimas décadas, e jogaram a pá de cal  nesta crise,  estão mais do que nunca atuantes na disputa presidencial em curso no Brasil.

O palanque conservador nomeia o arrocho fiscal, de consequências sabidas, como a principal alavanca corretiva para os gargalos da economia brasileira.

Trata-se de recuar o Estado para o mercado agir e a sociedade prosperar.

É a ‘contração expansiva’.

Bordão do discurso ortodoxo, ela resultou no estado de sítio econômico imposto à Grécia, Espanha, Portugal, Irlanda etc. 

Brasil? Poupe-me...

Foi preciso que o presidente de um dos maiores bancos viajasse 8.940 kms, para encontrar um jornalista disposto a ouvir e reportar uma outra visão do Brasil.

24 de Janeiro de 2014
Em iranews
por: Saul Leblon/
Carta Maior


Foi preciso que o presidente de um dos maiores bancos brasileiros viajasse 8.940 kms para fora do país, um estirão aéreo de  11 hs  até Genebra, na Suíça, para encontrar um jornalista, o competente Assis Moreira, correspondente do Valor Econômico, disposto a ouvir e reportar  uma visão  da economia  ausente na pauta  do Brasil aos cacos,  que predomina nas páginas  do seu próprio jornal.
Que isso tenha acontecido na carimbada paisagem de neve e ternos pretos de Davos, onde se realiza o concílio das corporações capitalistas,  diz algo sobre  o belicismo da emissão conservadora em  azedar  as expectativas  contra o Brasil e seu desenvolvimento.
Luiz Carlos Trabuco Cappio, presidente do Bradesco, não dirige uma instituição socialista.

domingo, 25 de maio de 2014

Atenção! "golpe suave" da direita em curso no Brasil

A mãe de todos os piquetes: a greve do capital



"Sem remover esse obstáculo com uma nova hegemonia progressista, reivindicações avulsas trazidas para as ruas podem conduzir a desfechos inesperados.



Por Saul Leblon
sábado, 24 de maio de 2014


O golpe militar consumado na Tailândia na 5ª feira, o 18º da história do país (11 bem sucedidos), parece confirmar a eficácia de um protocolo de validade mais ampla.

À falta de melhor nome, ele tem sido denominado de ‘golpe suave’.

Depende muito do que se entende por "suavidade".

No caso tailandês, a proclamação militar foi antecedida de 28 mortes e centenas de feridos em meses de conflitos de rua.

Abstraído o sangue e demais singularidades, a plasticidade da superfície poderia se confundir com a realidade política em marcha lenta em outras latitudes.

Não tão distantes assim, diga-se.

Antes que o rosto do general Prayuth Chan-Ocha surgisse nos monitores de tevê de 5ª feira, para proferir o clássico ‘viemos por ordem na casa’, o país viveu um processo tão linear que parece, de fato, como acusam alguns, ter saído de um manual.

Aquele atribuído à norte-americana "Fundação Albert Einstein", supostamente de estreitas relações com a CIA.

Seu principal ‘estrategista’, um certo Gene Sharp, seria o autor de livretos instrutivos. Entre eles, ‘A política da ação não violenta’, no qual elenca 198 técnicas para golpes em câmera lenta.

Sob risco de cometer injustiça com o rico repertório do senhor Sharp, poderíamos fundir essa versátil "suavidade" em três momentos encadeados:


I) Promoção de fatores de mal estar:escalada de denúncias de corrupção, de criminalidade, de autoritarismo e incerteza econômica; o martelete do descontrole inflacionário deve disputar as esquinas com as manchetes do colapso iminente em áreas de abastecimento e/ou de serviços essenciais. Tudo aspergido de frequentes ‘evidências’ de ameaças à liberdade de imprensa. Em resumo, a crispação de um intolerável quadro de desgoverno, sancionado por pesquisas de opinião, reportagens e análises reiterativas.


II) O mal-estar vai às ruas: bandeiras legítimas, exacerbadas pelo ultimatismo e desprovidas de coerência estratégica, fomentam uma espiral de protestos, conflitos e mobilizações insolúveis. Tudo magnificado pela lente de aumento das manchetes e câmeras de tevê. Bloqueios de rodovias e avenidas, assim como a tomada de instituições públicas, esticam as linhas de tensão para a etapa seguinte.


III) Ruptura institucional: a intensificação das manifestações inaugura uma rotina pontuada por enfrentamentos de violência crescente, respingados de escaramuças armadas. A engrenagem autopropelida leva à paralisia dos grandes centros urbanos. Um ponto de fuga converge então para a campanha pela renúncia de governantes ‘impopulares’, com prometida antecipação de eleições.
Pronunciamentos militares preenchem o ar rarefeito da paralisia política. Sugere-se uma referência de autoridade e ordem a uma democracia agonizante. O conjunto inocula uma progressiva familiaridade com a ideia de um "golpe suave", tornado inevitável e até mesmo ansiado por uma sociedade exausta e assustada.


É possível enxergar traços de vários processos em curso na América Latina nesse filme que inclui cenas de outros ciclos golpistas, modulados agora pela supremacia da guerra midiática.

O episódio tailandês forma um compacto de ilustração pedagógica.


sábado, 24 de maio de 2014

Ex-presidente da CUT é eleito para a presidência da Confederação Sindical Internacional.


João Antonio Felício foi eleito presidente da maior confederação internacional de sindicatos. É a primeira vez que um latinoamericano é eleito para o cargo.

João Antônio Felício 



Por Flávio Aguiar
23/05/2014
Créditos da foto: CUT

Como já era previsto, o ex-presidente da CUT nacional e da Apeoesp de São Paulo, João Antonio Felício, foi eleito presidente da maior confederação internacional de sindicatos. A CSI – Confederação Sindical Internacional, fundada em 1º. de novembro de 2006, através da fusão de duas outras gigantes do setor, a WCL e a CFTU, representa cerca de 180 milhões de trabalhadores de 161 países, reunidos em 325 entidades filiadas. É a primeira vez que um brasileiro e latino-americano é eleito para um cargo deste porte no sindicalismo internacional.

A eleição aconteceu na sexta-feira, 23 de maio. O processo teve duas etapas. Primeiro o Congresso da CSI, reunido desde o domingo, 18, em Berlim, elegeu o Conselho da entidade e a Secretária Geral (na verdade reeleita), Sharan Burrow, do movimento sindical australiano. Depois, o Conselho, com representantes das entidades filiadas, elegeu o presidente. A escolha de João Felício se deu por unanimidade – o que o tornou uma das pessoas eleitas com mais votos no mundo inteiro. O processo eleitoral do Conselho prevê que cada conselheiro vote com o número de filiados à sua entidade, o que equivale a dizer que João Felício foi eleito por 180 milhões de votos, mais ou menos.

O Congresso votou também as prioridades para a próxima gestão: filiar mais 27 milhões de trabalhadores nosm próximos quatro anos; combater o trabalho escravo em escala mundial; lutar por um salário mínimo decente em todos os países do mundo; e intervir na Cúpula de Paris a respeito de um acordo positivo sobre as mudanças climáticas no mundo.

Durante o evento houve várias manifestações de diferentes setores que estão começando a se organizar em escala mundial. As principais foram as dos futebolistas, das trabalhadoras (es) domésticas (os) e dos taxistas. Uma das resoluções do Congresso foi o envio de uma manifestação à FIFA pedindo que ela reconsidere a escolha do Qatar para a realização do Campeonato Mundial de Futebol de 2022, porque o governo do país é considerado conivente com o trabalho escravo e é extremamente repressivo em relação às reivindicações e organizações de trabalhadores. O primeiro ato do novo presidente foi a assinatura desta carta.

Em declarações a este repórter Felício destacou que o movimento sindical está na defensiva no mundo inteiro, porque em muitos países os direitos dos trabalhadores estão sendo solapados, como, por exemplo, pelos planos de “austeridade” aqui na Europa. Este momento impõe uma luta organizada de modo acirrado pelo empoderamento dos trabalhadores e suas organizações, o que implica um fortalecimento das relaçòes sul-norte e sul-sul.

Ao mesmo  tempo, destacou que sua eleição representa um reconhecimento da atuação do sindicalismo brasileiro, já que teve muitos apoios na América Latina, África, Ásia e também em outros continentes, inclusive na Europa, América do Norte e Oceania. Houve algumas resistências localizadas, mas que foram neutralizadas pela grande quantidade de apoios recebidos, o que levou à sua eleição por unanimidade.




Putin contra o camarada lobo − Duelo na Ucrânia

“O camarada lobo sabe o que comer e não pede licença a ninguém”
[O presidente russo referindo-se aos Estados Unidos].
O camarada lobo...

21/5/2014, [*] Mike WhitneyCounterpunch  
Traduzido por mberublue
SÁBADO, 24 DE MAIO DE 2014

 A crise na Ucrânia tem suas raízes em uma política que remonta há 20 anos. Sua origem pode ser rastreada até um artigo de Zbigniew Brzezinski, em 1997, na revista Foreign Policy, intitulado A Geostrategy for Eurasia [Uma geoestratégia para a Eurásia], no qual Zbig defende que os Estados Unidos têm de se estabelecer firmemente na Ásia Central, a fim de manter sua posição de única superpotência mundial. Por mais que muitos leitores estejam familiarizados com a forma de pensar de Brzezinski sobre essas questões, podem ainda não se ter orientado sobre o que ele diz sobre a Rússia. E é muito útil revisar essa parte, porque o recente incremento da violência tem mais a ver com a guerra por procuração movida contra a Rússia, que com a Ucrânia em si mesma. Eis o que diz Brzezinski:
 A forma pela qual a Rússia se autodefinirá tem muito a ver com o papel que desempenhará a longo prazo na Eurásia (...) Mais do que tentar readquirir o status de potência global, a Rússia deve priorizar a sua própria modernização. Dado o tamanho do país e sua diversidade, um sistema político descentralizado somado à economia de livre mercado provavelmente se mostrará a melhor opção para liberar o potencial criativo do povo russo, assim como de seus vastos recursos naturais. Uma confederação russa não tão rígida, composta de uma Rússia Europeia, uma República Siberiana e uma República do Extremo Oriente, poderia inclusive tornar mais fácil o cultivo de relações econômicas mais estreitas com seus vizinhos. Cada um dos estados confederados habilitar-se-ia então para explorar o próprio potencial criativo local, sufocado ao longo dos séculos pela mão pesada da burocracia moscovita. Ao mesmo tempo, uma Rússia descentralizada seria menos suscetível aos movimentos do império.

Então, será essa a meta política dos Estados Unidos: criar uma “Confederação russa frouxa”, com uma economia que possa ser incorporada ao sistema baseado no mercado dos EUA?
Zbigniew Brzezinski

Nasce o século Eurasiano

Rússia e China fazem o Oleogasodutostão


Pepe Escobar, Tom Dispatch 
quarta-feira, 21 de maio de 2014


HONG KONG – Um espectro ronda Washington, visão enervante, enlouquecedora, de uma aliança sino-russa, casada numa simbiose de comércio e trocas em expansão que cresce e se alastra pela massa continental de territórios da Eurásia – e à custa dos EUA.

Não surpreende que Washington esteja ansiosa. Em vários sentidos, aquela aliança já é negócio fechado: através do grupo das potências emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul); na Organização de Cooperação de Xangai, o contrapeso asiático à OTAN; dentro do G-20;[1] e mediante o Movimento dos Países Não Alinhados [orig. Non-Aligned Movement, NAM].[2] Comércio e trocas são só uma parte da barganha futura. As sinergias no desenvolvimento de novas tecnologias militares, idem. Depois que estiver implantado o ultrassofisticado sistema russo de defesa antimísseis, padrão Star Wars, S-500[3], em 2018, não há dúvidas de que Pequim também quererá uma versão para ela. Entrementes, a Rússia está a um passo de vender dúzias de jatos de combate estado-da-arte Sukhoi Su-35[4] aos chineses, com Pequim e Moscou andando a passos largos para selar uma parceria no campo da indústria da aviação.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Projeto Andar de Novo “Maravilhoso!”

Maior gestor de ciência do planeta bate palmas para paraplégico andando com “roupa robótica”: “Maravilhoso!”
Atento, Francis Collins (na foto, à direita de Nicolelis) acompanha os passos do jovem paraplégico “vestindo” o esqueleto-robô. Ao final, não resiste. “Encantado”, como ele mesmo diz, abre um sorriso enorme e aplaude.


por Conceição Lemes - em viomundo
publicado em 22 de maio de 2014 às 18:18


No meio científico, todo mundo conhece o médico e geneticista Francis S. Collins.
Pudera. Foi quem coordenou o Projeto Genoma Humano.
Desde 2009, é o diretor do maior agente financiador de pesquisa biomédica do mundo: o National Institutes of Health (NIH), dos EUA.
Ele tem nas mãos um orçamento de US$ 38 bilhões. É o maior gestor de ciência biomédica do planeta.
Pois Francis Collins está em visita oficial ao Brasil e quis conhecer os laboratórios do projeto Andar de Novo, montados na AACD – Associação de Assistência à Criança com Deficiência, em São Paulo.
O projeto é liderado pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, pesquisador e professor da Universidade  Duke, nos EUA,  e coordenador do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS), no Brasil.  Dele participam 156 pesquisadores de 25 países.
Em 12 de junho, na abertura da Copa do Mundo, no Itaquerão,  o mundo assistirá ao vivo uma demonstração do projeto e um salto da ciência: um jovem paraplégico, “vestindo” uma “roupa robótica” (exoesqueleto), dará o chute inaugural na cerimônia.
Collins visitou os laboratórios do Andar de Novo na tarde dessa terça-feira 21.
No primeiro, uma jovem paraplégica, com fisionomia séria, aparentando 25 anos, se exercitava no simulador do exoesqueleto. Por razões éticas, o seu rosto não pode ser fotografado pelos jornalistas presentes; apenas ela de costas. Também não podemos conversar com a paciente. O Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), ligado ao Ministério da Saúde, proíbe, para preservar o paciente sujeito da pesquisa.
Aí, Nicolelis começou a descrever a Collins os experimentos que levaram ao resultado atual.
No segundo, apenas o exoesqueleto, sem nenhum paciente. Nicolelis detalhou então o funcionamento dos equipamentos.
No terceiro, o professor Nicolelis convidou-me para entrar junto com o doutor Collins para assistir junto com eles e demais pesquisadores da equipe à demonstração de um jovem usando o exoesqueleto.
Ele ficou paraplégico aos 20 anos  (tem 27) devido a acidente de carro.
Foram duas comprovações. A diferença foi a velocidade do andar. A segunda, um pouco mais ligeira.
Ao final da segunda caminhada, o jovem abriu um sorriso imenso de alegria.
Eu, Conceição Lemes, chorei.
Collins não resistiu. Bateu palmas: “Maravilhoso!”
“Estou muito feliz em ver que o investimento de tantos anos resultou nessa aplicação da Ciência”, disse Collins na coletiva de imprensa.
Foi o começo da resposta à pergunta do Viomundo sobre como via uma ideia, cuja pesquisa básica foi financiada pelo NIH, virar realidade clínica. Durante os 25 anos de carreira, veio do NIH mais da metade dos US$ 60 milhões levantados nos EUA por Nicolelis para pesquisas.
Collins prosseguiu:
“Essa é a realidade da Ciência. Você tem de persistir em ideias que, no início, podem até parecer abstratas, sem conexão com alguma doença, mas que, depois de investimentos persistentes durante muito tempo, possam gerar, por exemplo, uma vacina para prevenir a infecção pelo HIV/aids. É  algo que esperamos que ocorra rapidamente”.
“No caso deste exemplo, que é o exoesqueleto, estou muito satisfeito pelo fato de o NIH ter participado dessa história. É assim que a Ciência funciona.”
“Quando nos Estados Unidos se defende levar todo o dinheiro do NIH para a pesquisa aplicada, as pessoas às vezes esquecem que é a pesquisa básica que permite que essas ideias floresçam do ponto de vista clínico”.
Perguntamos também o que ele acha da colaboração entre Estados Unidos e Brasil no projeto Andar de Novo. A pesquisa aplicada, envolvendo o desenvolvimento e construção do esqueleto-robô, foi financiada pela Finep, ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia: US$ 14 milhões.
Collins então afirmou:
“A colaboração é essencial. Se você precisa atacar um problema muito difícil, muito complexo, é necessário recrutar os melhores cérebros disponíveis e eles não necessariamente moram no mesmo país. Um grande exemplo é o doutor Nicolelis”.
“Estou muito satisfeito em ver que um investimento que o NIH fez em pesquisa básica nos EUA, durante 25 anos, no laboratório do doutor Nicolelis, deu frutos no Brasil, com a pesquisa clínica financiada pelo governo brasileiro. A Ciência é global”.
“Essa colaboração permitiu que EUA e Brasil estivessem aqui presentes. Possivelmente, essa pesquisa não poderia ter acontecido só nos EUA ou só no Brasil”.
“Admiro muito o espírito de Nicolelis de reunir pesquisadores e trazê-los dos EUA para o Brasil, para congregar todos no mesmo projeto”.
“Estou muito encantado, porque uma quantidade muito grande de gente, num evento esportivo, vai poder ver, pela primeira vez, uma demonstração do que a Ciência é capaz de fazer e dar esperança para milhões de pessoas no mundo todo”.
Sobre a interface cérebro-página, questionada por alguns pesquisadores, Collins disse:
“É uma das áreas de fronteira da neurociência. Nos EUA, atualmente há vários laboratórios trabalhando com ela”.
Nicolelis e seu colega John Chapin, da Universidade Duke (EUA), foram os primeiros.
Em 1999, comprovaram isso num estudo pioneiro com ratos. Em 2000, demonstraram em macacos. Em 2004, em seres humanos.
O termo interface cérebro-maquina (brain-machine interfase) também foi criado por eles.
“A demonstração de 12 de junho é apenas a primeira etapa do projeto Andar de Novo”, frisa Nicolelis. “O objetivo dessa pesquisa é permitir que mais adiante paraplégicos possam andar novamente. No futuro, esperamos contar com mais laboratórios e mais pesquisadores.”
Oito jovens paraplégicos participam da pesquisa. Um será escolhido para dar o chute inicial da Copa.
“Mas os outros estarão juntos”, avisa Nicolelis. “É uma vitória de todos eles.”


segunda-feira, 19 de maio de 2014

A ANATEL EM ÓRBITA


 Como mandar, por 153 milhões, o lucro das multinacionais para cima, e o futuro do Brasil para o espaço.

Por Mauro Santayana
Em 16/05/2014

(Jornal do Brasil) - A ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações, licitou, há poucos dias, quatro grupos de direitos de exploração de satélites, em espaços reservados para o Brasil em órbita terrestre.
Venceram a disouta a Hispamar Satélites, controlada pelo Grupo semi-estatal espanhol Hispasat, que ficou com o primeiro grupo de posições licitado, por 65 milhões de reais; a também europeia, de Luxemburgo, SES-DHT, que ficou com o segundo e o terceiro grupos licitados, por 33 e 26,8 milhões de reais; e a também europeia Eutelsat, controlada majoritariamente pelo governo francês, que ficou com o quarto grupo, por 28,35 milhões de reais.    
Como esse espaço, mesmo, que fique algumas dezenas de quilômetros acima de nossas cabeças, pertence à União, e, portanto, a todos os cidadãos brasileiros, seria interessante, se pudéssemos saber:
Quais são os critérios usados pela ANATEL para a fixação de preço para uma posição de satélite durante 15 anos, renovável por mais 15 anos?
Levou-se em consideração a cobertura, o número de transponders e de canais que serão instalados no satélite?
Esses satélites poderão alcançar apenas o território brasileiro, ou também outros países e regiões do mundo?
Que tipos de serviços serão prestados por meio desses satélites? Banda Larga, telefonia, tv a cabo, outros?
Qual é o potencial de faturamento nos próximos 15, 30 anos, em princípio, desses satélites, na prestação direta de serviços à população, e a empresas de telecomunicações, internet, televisão, rádio, etc ? 
Esse potencial foi calculado, com base, por exemplo, no faturamento atual do mercado de comunicações brasileiro?
Nesse caso, por que não se estabeleceu um “aluguel” anual para o Estado Brasileiro, por cada satélite, ou um percentual de retorno mínimo em cima do faturamento mensal, ou anual, de cada satélite?
O mercado brasileiro de telecomunicações – criminosamente desnacionalizado nos anos 90 - fatura mais de 200 bilhões de reais por ano, e representa aproximadamente 54% do mercado latino-americano. Considerando-se, em uma conta rápida, que isso dá mais de 500 milhões de reais por dia – em troca de o país receber péssimos serviços e pagar, segundo a União Internacional de Telecomunicações, das mais altas tarifas do mundo – a ANATEL licitou quatro posições de satélites, cada uma com um tremendo potencial de venda de um amplo leque de serviços, por menos da metade do que se fatura, em telecomunicações, no Brasil, por dia.
Nesse caso, qual foi a contrapartida oferecida pelas empresas europeias à indústria nacional, para vencer, por esse preço, essa licitação?
Os satélites que serão construídos e lançados a um custo de centenas de milhões de dólares, terão algum conteúdo mínimo nacional? Qual é a vantagem que nossos pesquisadores, e a indústria brasileira, terão nesse processo?
O Brasil já constrói satélites, como os CBERS, com 50% de conteúdo nacional, e 50% de nossos parceiros chineses. Também dispomos de laboratórios, como os do INPE, capazes de testar e certificar satélites estrangeiros, como fazemos, por exemplo, para a Argentina.
No caso de não se ter feito nenhuma exigência nesse sentido, porque essa questão, ou essa possibilidade, não foi contemplada no Edital de licitação da ANATEL?
Afinal, trabalhar com tecnologia estrangeira, nem sempre é garantia de ausência de problemas. Um satélite da própria Hispasat,o  Amazonas A4, lançado da Base Aérea de Kourou, na Guiana Francesa, no início do mês de maio, está sem comunicação com a Terra, e pode ser que não venha a funcionar.
Finalmente, considerando-se a importância estratégica da comunicação orbital para qualquer país – mesmo que já se esteja projetando, por meio da Visiona, o desenvolvimento de um satélite para uso militar – e que as posições foram leiloadas por preço mais do que acessível, porque não se reservou pelo menos uma delas para uma empresa de capital nacional, ou o BNDES, por exemplo, não entrou, com a Telebrás, nesse processo?
Aqui, no Brasil falar em capital estatal na área de telecomunicações é pecado, mas poucos sabem que a Hispasat, vencedora na licitação da ANATEL, tem capital da La Caixa, instituição financeira controlada pelo governo da Catalunha, por meio de fundos de pensão públicos, via ABERTIS, e da SEDI – Sociedad Estatal de Participaciones Industriales, e do CDTI – Centro para el DesarolloTecnológico e Industrial, que pertencem ao Governo Espanhol.
O que ocorrerá, no futuro, se precisarmos de novas posições para a instalação de satélites de comunicações nacionais e de defesa - nos próximos 30 anos, por exemplo?  Teremos mais vagas, em órbita, além das que foram “leiloadas” agora?
Finalmente, e mais importante: houve mesmo concorrência nessa licitação?

Eutelsat, que ficou com o quarto direito de exploração de satélite, por 28,35 milhões de reais, é o segundo maior acionista, com 33,69%, daHispasat, maior acionista da Hispamar, que ficou com o primeiro direito de exploração licitado, por 65 milhões de reais. E a ABERTIS, que é a maior acionista da Hispasat, com 57,5% das ações, também é o segundo maior acionista da Eutelsat, com 8,4% das ações.

Foi permitido que os mesmos investidores  concorressem a mais de um grupo de direitos?
Esse tipo de participação cruzada é permitido nas licitações da ANATEL?
Em caso afirmativo, isso ajuda a concorrência, ou a atrapalha?
Isso não bastaria para anular a licitação?
Na década de 70, logo depois da viagem da Apolo 11, muita gente ficou rica vendendo terrenos na Lua, para os incautos.
Precisamos saber se não estamos dando uma de bobos, entregando, da forma como foi feito, nossos “slots” para comunicação via satélite, situados em órbita.
 >>>>>

 Veja mais:
Licitação nº 1/2014-SOR/SPR/CD - Anatel  
O objetivo desta licitação é conferir até quatro Direitos de Exploração de Satélite Brasileiro, conforme Edital nº 1/2014, publicado em 24 de março na página da Anatel na internet.
O Aviso de Licitação nº 1/2014/SOR/SPR/CD-ANATEL também foi publicado no dia 24, no Diário Oficial da União.
As Sessões Públicas de recebimento dos documentos de identificação, das propostas de preço e da documentação de habilitação e de abertura, análise e julgamento das propostas de preço ocorreram nos dias 29 de abril de 2014 e 6 de maio de 2014, respectivamente, no Miniauditório da Anatel, em Brasília.
A Comissão Especial de Licitação (CEL) destinada a conduzir os procedimentos relativos à Licitação nº 1/2014/SOR/SPR/CD-Anatel para conferir Direito de Exploração de Satélite Brasileiro foi criada por meio da Portaria n° 268.