Acredito que
no campo profissional a senhora esteja bem, mas creio que no campo humano o
mesmo não ocorra.
Com o tempo,
somos obrigados a aprender a conviver harmoniosamente com os humanos que nos
cercam.
Depois de 66
anos de vida, aprendi que por mais dinâmicos e ansiosos por uma elevação
profissional e financeira que sejamos, somos obrigados a tratar nossos
semelhantes com muito respeito. Não importa o meio em que vivemos, no campo social,
econômico, profissional e etc. temos a obrigação de ser respeitosos.
Ninguém nasce
de chocadeira, sempre mantemos vínculos com alguém, seja com familiares, amigos,
vizinhos ou até mesmo com um menor de rua que nos assalta.
Esses vínculos
são em sua maioria, logicamente, afetivos, mas temos também por incrível que
possa parecer, vínculos com aqueles que nos aviltam.
Como
aposentado (vagabundo segundo um presidente que infelizmente tivemos), tenho
tempo suficiente para acompanhar e analisar fatos acontecidos que me chamam a
atenção.
Acompanhei suas
declarações sobre o jovem preso ao poste.
Não a conhecia
antes desse episódio.
Como pouco
assisto televisão, raras vezes tive a oportunidade de vê-la, mas quando a via,
nutria certa empatia, por sua postura desinibida em frente às câmeras, a forma
de expressar-se, sua beleza jovem, sim a senhora é uma pessoa de boa aparência,
uma jovem bonita.
No entanto minha
empatia pela senhora durou pouco.
Com o correr
daqueles dias (do rapaz preso ao poste) comecei a perceber certa arrogância
prepotente, talvez quem sabe? induzida por elogios de pessoas que não só
aprovavam como a incentivavam a continuar com aquela postura, com objetivos,
talvez econômicos .
Uma frase. Sim
apenas uma frase dita com, a meu ver, sarcasmo, a senhora tornou-se para mim
extremamente antipática.
Quando se fala
em público temos que ter muito cuidado com o que falamos e para quem falamos.
Quando falamos
em um jornal de televisão, temos que redobrar os cuidados com o que falamos e
com nosso gestual diante das câmeras, por que não sabemos quem nos está
escutando e vendo.
Os
profissionais que a cercam já a alertaram, creio.
Mas o importante
é o pensamento sobre as consequências.
Uma dona de
casa foi brutalmente espancada e assassinada por um grupo de facínoras
travestidos de justiceiros.
Acharam-se no
direito de prender, torturar, julgar e executar uma pessoa que nenhum crime
cometeu.
Seu nome era Fabiane Maria de Jesus, com 33anos, mãe
de duas filhas, uma de 12 e outra de 1 ano.
E eu com isso?
Deve se perguntar.
Eu respondo, a senhora nada tem com isso.
Nunca e em hipótese alguma a senhora pode
ser responsabilizada por essa barbárie.
Mas gostaria
de pedir lhe um favor.
Pense e
medite.
Quando colocar
seus filhos para dormir em suas camas, lembre, que duas outras crianças estarão
sós, sem o aconchego de sua mãe.
Pense e medite;
Que duas
outras crianças sofrerão para o resto de suas vidas, pela morte de sua mãe.
Pense e
medite;
O que se passa
com os familiares e amigos dessa jovem mãe estupidamente assassinada?
Pense e medite;
É esse o mundo
que quero para o futuro dos meus filhos?
Pense e
medite;
O que posso
fazer, já que disponho de meios para tornar melhor o meu e principalmente, o
mundo de meus filhos?
Pense e
medite;
É válida a
arrogância e a prepotência em função da posição profissional que alguém ocupa?
Pense e medite
muito, bastante.
Sinceramente,
desejo que se torne vitoriosa em sua profissão.
Siga o
conselho de um velho: seja o mais humilde possível e principalmente, o mais
humana possível.
E pense e
medite, antes, durante e depois de dizer alguma coisa que possa ser nociva a alguém.
Boa sorte e
seja feliz.