Mas não é de carrão, é de equipamentos navais.
7 de abril de 2014 | 21:35
Autor: Fernando Brito
Em tijolaco
O Ministro das Finanças do Reino
Unido, George Osborne, e Francisco Itzaina, diretor da Rolls-Royce para a
América Latina, anunciaram hoje, no Rio, a montagem de uma nova planta da
empresa inglesa no Brasil.
Mas não é para fazer as lendárias
limousine da marca, não, é para montar propulsores marítimos que vão equipar as
sondas de águas ultra-profundas que estão sendo produzidas para a Petrobras.
A obra de adaptação de um galpão
de 27 mil metros quadrados em Duque de Caxias, no Grande Rio, começa já e tem
investimento inicial de R$ 82 milhões, para atende ao contrato
firmado para fornecer motores e sistemas de propulsão para sete sondas de
perfuração que serão construídas no Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, que
custarão R$ 335 milhões.
É o segundo
investimento da Rolls-Royce no Rio, este ano. Em março, e
empresa abriu Centro de Treinamento Marítimo, em Niterói, para
especializar operadores de embarcações de apoio.
Por enquanto é só montagem, mas
pode ser o primeiro passo para uma presença da empresa – que transferiu para a
BMW a fabricação dos famosos automóveis – que investe em turbinas para aviões
civis e militares, navios e plantas de geração de energia.
É o segundo projeto industrial
que a construção de sondas – contratadas pela primeira vez dentro do país pela
Petrobras - traz para o Rio de Janeiro. Antes, a Acker iniciou a montagem
de uma nova fábrica em Macaé para produzir os conjuntos de perfuração.
Mas se eles vêm para cá, nós
também estamos começando a ir para lá.
A HCI, uma empresa brasileira
especializada em conexões e flanges para tubos de aço de alta resistência,
usados na indústria do petróleo, anunciou , também hoje, a abertura de uma
unidade na Ilha da Madeira, em Portugal, para entrar no mercado europeu de
construção de navios e refinarias de petróleo. Um investimento de R$ 3 milhões
com o qual pretende aumentar em até 20% o seu faturamento, que fechou 2013 em
R$ 100 milhões.
Um pequeno retrato, de um único
dia, do que não estaria acontecendo se a Petrobras seguisse na política de
comprar fora do país navios e equipamentos de exploração.