A arte se transmite por
intermédio do artista, que utiliza sua criatividade para externar sua obra.
Sua inspiração é revelada
por sua percepção da vida. Segundo Kant, a arte é uma manifestação que produz
uma "satisfação desinteressada".
Foto de Deunice Ximenes
Uma nova artista. Suas fotografias são carregadas de grande beleza
Arte (do latim ars,
significando técnica e/ou habilidade) pode ser
entendida como a atividade humana ligada às manifestações de ordem estética ou comunicativa,
realizada por meio de uma grande variedade de linguagens , tais como: arquitetura, escultura, pintura, escrita, música,
dança e cinema, em suas variadas combinações. O processo
criativo se dá a partir da percepção com o intuito de expressar emoções e ideias,
objetivando um significado único e diferente para cada obra.
Definição
O principal problema na definição
do que é arte é o fato de que esta definição varia com o tempo e de acordo com
as várias culturas humanas. Devemos, pois, ter em mente que a própria definição
de arte é uma construção cultural variável e sem significado constante. Até
numa mesma época e numa mesma cultura pode haver múltiplas acepções do que é
arte. Também é preciso lembrar que muito do que hoje chamamos de arte não era
ou não é considerado como tal pelas culturas, diferentes da nossa, que a
produziram, e o inverso também é verdadeiro: certas culturas podem produzir
objetos artísticos que nós não reconhecemos como tais. As sociedades
pré-industriais em geral não possuem ou possuíam sequer um termo para designar
arte.
Numa visão muito simplificada,
arte está ligada principalmente a um ou mais dos seguintes aspectos:
- a
manifestação de alguma habilidade especial;
- a criação artificial de algo pelo homem;
- o
desencadeamento de algum tipo de resposta no ser humano, como o senso de
prazer ou beleza;
- a apresentação de algum tipo de ordem, padrão ou
harmonia;
- a transmissão de um senso de novidade e ineditismo;
- a
expressão da realidade interior do criador;
- a
comunicação de algo sob a forma de uma linguagem especial;
- a noção de valor e importância;
- a
excitação da imaginação e a fantasia;
- a indução ou comunicação de uma experiência-pico;
- coisas que possuam reconhecidamente um sentido;
- coisas que deem uma resposta a um dado problema.
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Kant considera que a arte é uma
manifestação que produz uma "satisfação desinteressada".
Immanuel Kant
Data de nascimento: 22
de abril de 1724
Data de falecimento 12
de fevereiro de 1804 (79 anos)
Juízo estético
Retrato de Immanuel Kant. |
O juízo estético é abordado
no livro Crítica da Faculdade do Juízo.
De acordo com Kant para se ter uma investigação crítica a respeito do belo,
devemos estar orientados pelo poder de julgar. E a indagação básica que move
essa investigação crítica a respeito do belo é: existe algum valor universal
que conceitue o belo e que reivindique que outras pessoas, a partir da minha apreciação
de uma forma bela da natureza ou da arte, confirmem essa posição? Ou então
somos obrigados a admitir que todo objeto que julgamos como sendo belo é uma
valoração subjetiva?
O poder de julgar,
pertencendo a todo sujeito, é universal e congraça o julgamento estético,
especulativo e prático. Portanto a investigação crítica que Kant se refere diz
respeito às possibilidades e limitações das faculdades subjetivas que agem sob
princípios formulados e que pertencem à essência do pensamento.
Como podemos desnudar o
fenômeno que explica o nosso gosto? Se fizermos uma experiência com vários
indivíduos e o defrontarmos com um objeto de arte, observaremos que as
impressões causadas serão as mais diversas. Então chegaremos à conclusão de que
a observação atenta e valorativa daquele objeto, somada as diferentes opiniões
que foram apresentadas pelos indivíduos, nos dá respaldo para afirmar que o
gosto tem que ser discutido. Para Kant apenas sobre gosto se discute, ao passo
que, representa uma reivindicação para tornar universal um juízo subjetivo.
A universalidade do juízo
estético é detectada por envolver um exercício persuasivo de convencimento de
outro sujeito que aquela determinada forma da natureza ou da arte é bela. E,
dessa forma, torna aquele valor universal. Os sujeitos têm em comum um
princípio de avaliação moral livre que determina a avaliação estética e,
portanto, julga o belo como universal.
O juízo estético está
relacionado ao prazer ou desprazer que o objeto analisado nos imprime e, como
se refere Kant, o belo "é o que agrada universalmente, sem relação com
qualquer conceito". Essa situação fica bem evidente quando visitamos um
museu. Digamos que essa experiência fosse realizada no Museu do Louvre, em
Paris, com o quadro Monalisa. Se nos colocarmos como observador, perceberemos
que os mais diversos comentários serão tecidos a cerca dessa obra tão famosa.
Detendo-nos na análise dos
comentários favoráveis notaremos que, ratificando Kant, o belo não está
arraigado em nenhum conceito. Pois, dos vários indivíduos que vão apreciar a
obra de Leonardo da Vinci, encontraremos desde pessoas especializadas em arte
até leigos, como eu ou você, que vão empregar cada qual um conceito, de acordo
com a percepção, após a contemplação da Monalisa. Então isso comprova que não
existe uma definição exata a cerca do belo, mas sim um sentimento que é
universal e necessário.
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