Reservas-ouro da Ucrânia são evacuadas secretamente e levadas para os Estados Unidos
Operação relâmpago teria contado com 15
pessoas, quatro caminhões e dois micro-ônibus; 33 toneladas de ouro, no valor de
2 bilhões de dólares, teriam sido carregadas em 40 caixas e postas em um avião
rumo à Nova Iorque.
19/03/2014
Aeroporto
de Zaporozhye
|
na Ucrânia do
Leste, informou no dia 7 de março que “as reservas de ouro da Ucrânia haviam
sido apressadamente transportadas por via aérea para os Estados Unidos a partir
do Aeroporto de
Borispol, a Leste de Kiev”.
Aeroporto de Borispol |
Aqueles que
assistiram esta misteriosa operação especial imediatamente notificaram os
responsáveis do aeroporto, os quais lhes disseram para não se meterem nos
assuntos dos outros.
Posteriormente
um telefonema de resposta de um alto responsável do antigo Ministério das
Receitas Fiscais informou que, por ordens de um dos novos líderes da Ucrânia,
os Estados Unidos haviam tomado a custódia de todas as reservas- -ouro na
Ucrânia.
Na conta de
quem?
Após esta
revelação, o secretário tesoureiro do GATA (Gold Anti-Trust Action Committee), Chris
Powell (*), requereu ao New Federal Reserve e ao Departamento de
Estado dos EUA que indicasse se o NY Fed havia “tomado a custódia” do ouro da
Ucrânia. Um porta-voz do New York Fed disse simplesmente
“Qualquer indagação a respeito das contas-ouro deveria ser dirigida ao
possuidor da conta. Você pode contatar o Banco Nacional da Ucrânia para
discutir esta informação”.
O GATA, então,
chamou a atenção de 30 jornalistas financeiros e redatores de newsletters “de
referência” na esperança confessadamente bizarra de que pudessem também fazer a
mesma pergunta.
Apesar de a
informação não confirmada a respeito das reservas-ouro da Ucrânia não ter sido
objeto de cobertura pelos noticiários financeiros “de referência”, a história,
no entanto foi levantada pelo Shanghai Metals Market, o qual
declara, citando uma informação do governo ucraniano, que reservas-ouro da
Ucrânia haviam sido “removidas num avião... de Kiev para os Estados Unidos...
em 40 caixas seladas” carregadas numa aeronave não identificada.
A fonte não
confirmada citada pela página Metal.com diz que a operação de remoção aérea do
ouro da Ucrânia foi ordenada pelo primeiro-ministro interino Arseny Yatsenyuk
tendo em vista
manter seguras no NY Fed as reservas - ouro da Ucrânia, prevenindo uma possível
invasão russa a qual levaria ao confisco das mesmas.
Despojos de
guerra
Um importante blog financeiro online,
o Kingworldnesw, publicou no dia 10 de março
uma entrevista incisiva de William
Kaye , administrador do hedge
fund Pacific Group Ltd., com sede em Hong Kong, que anteriormente
trabalhou para a Goldman
Sachs em fusões e aquisições.
É significativa
nesta entrevista com William Kaye a analogia que ele faz entre a Ucrânia, o
Iraque e a Líbia. Não se deve esquecer que tanto o Iraque quanto a Líbia
tiveram as suas reservas-ouro também confiscadas pelos EUA.
Kaye também
confirma a operação: “Há agora informações vindas da Ucrânia de que todo o ouro
ucraniano foi removido por via aérea, às 2 horas da madrugada, a partir do
aeroporto principal, Borispil, em Kiev, e foi transportado para Nova York –
sendo o presumível destino o New York Fed. Verifica-se que estas 33 toneladas
de ouro valem algo entre 1,5 e 2 bilhões de dólares. Essa quantia seria um
pagamento inicial (down payment) muito lindo para os 5 bilhões
de dólares que a secretária de Estado Assistente, Victoria Nuland,
gabou-se de os Estados Unidos terem gasto nos
seus esforços para desestabilizar a Ucrânia e instalar ali o seu próprio
governo não eleito”.
Kaye ainda
menciona que “os Estados Unidos instalaram um antigo banqueiro na Ucrânia o
qual é muito amistoso para com o Ocidente. Ele é também um rapaz com
experiência de banco central”. De modo que esta teria sido a sua primeira
grande decisão: “transportar aquele ouro para fora da Ucrânia, para os Estados
Unidos”.
Alemanha
O
caso que envolve o ouro da Alemanha em poder dos Estados Unidos também é
lembrado por ele: “Você pode recordar que exigências alegadamente logísticas
impediram o New York Fed de devolver à Alemanha as 300 toneladas de ouro que os
Estados Unidos armazenam. Após um ano de espera, o New York Fed devolveu apenas
5 toneladas de ouro à Alemanha. Só 5 toneladas de ouro foram enviadas do Fed
para a Alemanha e não eram as mesmas 5 toneladas que haviam sido originalmente
armazenadas no Fed. Mesmo o Bundesbank
admitiu que o ouro que lhes fora enviada pelo New York Fed tinha de ser fundido
e testado quanto à pureza porque não eram as barras originais da
Alemanha”.
Se isso é assim,
indaga-se Kaye, “uma vez que exigências logísticas supostamente são uma questão
tão grande, como é que num voo, assumindo que esta informação é correta, todo o
ouro que a Ucrânia possuía no seu cofre foi retirado do país e entregue ao New
York Fed?”. De qualquer modo, pensa ele “que qualquer um com células cerebrais
ativas sabe que tal como a Alemanha, a Ucrânia terá de esperar um tempo muito
longo e provavelmente nunca verá aquele ouro outra vez . Significa que o ouro
se foi”.
(*)Chris Powell, Secretário / Tesoureiro, Comitê de Ação
Anti-Trust Ouro
Chris Powell é
editor-chefe do Jornal Inquirer, um jornal diário, em Manchester, Connecticut,
EUA, onde trabalhou desde a graduação no ensino médio em 1967, e secretário /
tesoureiro do Ouro Anti-Trust Ação Comitê Inc., (GATA) que ele co-fundou em
1999 para expor e opor-se à manipulação do mercado de ouro por bancos centrais
ocidentais e os seus agentes de banco de investimento. Ele escreve uma
coluna política publicada em jornais de todo Connecticut e do Jornal
Providência, em Rhode Island e edita o GATA Dispatch, boletim eletrônico diário
que da organização. Ele é membro do Conselho de Administração do Conselho
de Connecticut sobre a Liberdade de Informação e seu estado era presidente legislativo
2004-2010.
(resistir.info)