Os
Gringo
Atualmente em diversas paginas da
internet, especializadas em etimologia, a palavra gringo tem as mais diversas interpretações.
No início da década de sessenta,
na zona sul do Rio, qualquer coisa, gente ou produtos tendo como origem os "Steites", eram considerados “gringo”
ou coisa de “gringo”.
Naquela época a molecada se
dividia em dois grupos, um era o grupo da barra pesada, era a molecada da
bagunça, das encrencas, geralmente menos endinheirada, eram os pobrinhos. O
outro grupo era a dos filhinhos de papai ou riquinhos, constituído geralmente
por filhos de militares e ou funcionários públicos privilegiados.
Após as aulas os riquinhos iam
para os cursos de Inglês, e os pobrinhos iam para a praia, jogar pelada na
areia, vôlei e até peteca, pegavam jacaré e principalmente paqueravam as
gatinhas.
O negócio dos riquinhos era tirar
onda, usar calça de brim (jeans) lee ou levis, aprender a fumar, cigarros Marlboro
ou Pall Mall e usar isqueiro Zippo, lindo né? Tudo importado e em
acordo com os interesses financeiros dos gringo.
Os riquinhos não se conformavam
que apesar dos pobrinhos não encomendarem seus jeans aos contrabandistas de
plantão, andassem na moda como eles.
Quando descobriram que o brim de
suas calças famosas, importadas dos gringo,
era feito aqui mesmo no Brasil, no Rio de Janeiro, em Petrópolis na fabrica D.
Isabel, fizeram caras e bocas (como faz um famoso leitor de noticias de um
noticiário de tv), e que as confecções que produziam essas calças eram de Duque
de Caxias e de Nova Iguaçu, e por um preço muito menor. Começaram então as guerrinhas
pró-gringo menosprezando as calças brasileiras.
Também não sabiam que o brim dessas
calças era de melhor qualidade, muito mais encorpado, isso devido ao contrato
dos gringo importadores que não
permitiam a venda do mesmo brim que eles utilizavam, em nosso mercado.
Contornando (jeitinho
brasileiro), a imposição do contrato, a fábrica objetivando atender ao mercado
interno, aumentou a torção dos fios para a confecção do tecido dando-lhe mais
resistência e tornando-o mais atraente.
Outro presente de grego, digo de gringo, na mesma época, foi o leitinho
para pobrinho.
O governo brasileiro e o governo
dos gringo, formalizaram um
contrato, convênio, acordo, ou seja lá o que for, chamado Aliança para o Progresso.
Esse negócio foi patrocinado por
não menos que a USAID.
Chegavam ao porto do Rio de
Janeiro, navios enormes, abarrotados de sacos de leite em pó. Os armazéns do
porto do Rio ficavam abarrotados de leitinho em pó.
No entanto para o retorno dos
navios, os gringo tinham um problema
muito sério. Qualquer navio para navegar com estabilidade precisa de lastro.
Lastro é um peso colocado no fundo das embarcações, que impede a, digamos,
falta de equilíbrio, dando-lhes estabilidade.
Mas como todo gringo é sábio, resolveram o problema
com a maior facilidade.
De acordo com as más línguas ou
línguas de Matilde, os navios dos gringo
saiam do porto do Rio de Janeiro, e correndo o enorme risco de um desastre, iam
até o porto do Espirito Santo para fazer o lastro.
Ai surge uma pergunta. Usar o que
para lastro?
A água é usada para esse fim,
sempre foi e em todo o mundo.
Mas o problema parecia que era a
dificuldade de limpeza da lama que se formava nos porões com o vazamento do
leitinho das embalagens danificadas.
O Brasil na época tinha pouca
coisa para exportar.
Heureca!!!
Simples, simples, vamos usar
areia! Sim areia, o que mais temos em nosso imenso litoral além de água?
Mas para não estragar a beleza
das praias Capixabas, os gringo, muito
conscienciosos escolheram as areias mais feias, uma areia amarelada com um
pouco de lama preta, horrível. Praia com essa areia era até considerada
imprópria para o lazer.
Como a maioria dos brasileiros
idolatravam os gringo, ninguém se
importava que levassem aquela areia, era para fazer lastro, coisa
insignificante.
Mas, porém, contudo, todavia, o
que os gringos não diziam é que aquela areia era: Areia Monazítica.
Devemos agradecer sempre aos gringo o apoio dado a nossa “Redentora”
bem como o aprimoramento cultural dado a muitos brasileiros em sua renomada
Escola das Américas no Panamá.
Acredito que esse termo “Redentora”
tenha caído em desuso por força da mídia principalmente, logo após o seu fim.
Mas para os velhos que gostam de
seu País, sim eles são GRINGO e tudo
que representam.
É agradável ver nas manifestações
mundo afora, os cartazes que dizem:
GRINGO GO HOME.
Tenho uma dúvida atroz:
Nelson Rodrigues quando mencionou
“Complexo
de vira-latas” referia-se ao jogo Brasil e Uruguai em 1950 ou ao
comportamento humilhante de Otávio Mangabeira.
Subservientes ou simplesmente
colaboradores?
PRESIDENTE DA COLÔMBIA - JUAN MANUEL SANTOS CALDERON |
Sem legendas. Precisa? |
Isto e apenas uma ficção,
qualquer semelhança com fatos ocorridos, ocorrendo ou que venham a ocorrer é
mera coincidência.
Espero não ser objeto de
retaliações econômicas, pois o velho aqui é inativo (vagabundo, de acordo com
um presidente que tinha por cá, que por coincidência está aí em cima) e com os
proventos bem mixurucas. Espero também que nenhum drone venha zumbir nos meus
ouvidos confundindo-me com a zoeira da minha pressão alta e descabelando minha
careca com o deslocamento de ar.