sábado, 1 de março de 2014

Os Gringo




Os Gringo


Atualmente em diversas paginas da internet, especializadas em etimologia, a palavra gringo tem as mais diversas interpretações.

No início da década de sessenta, na zona sul do Rio, qualquer coisa, gente ou produtos tendo como origem os "Steites", eram considerados “gringo” ou coisa de “gringo”.


Otávio Mangabeira, “beijando a mão” do general americano Dwight Eisenhower. Uma atitude Subserviente. Foto de Ibrahim Sued.
P.S. - Otávio Mangabeira foi Deputado Federal duas vezes, Governador da Bahia e Senador.




Naquela época a molecada se dividia em dois grupos, um era o grupo da barra pesada, era a molecada da bagunça, das encrencas, geralmente menos endinheirada, eram os pobrinhos. O outro grupo era a dos filhinhos de papai ou riquinhos, constituído geralmente por filhos de militares e ou funcionários públicos privilegiados.

Após as aulas os riquinhos iam para os cursos de Inglês, e os pobrinhos iam para a praia, jogar pelada na areia, vôlei e até peteca, pegavam jacaré e principalmente paqueravam as gatinhas.

O negócio dos riquinhos era tirar onda, usar calça de brim (jeans) lee ou levis, aprender a fumar, cigarros Marlboro ou Pall Mall e usar isqueiro Zippo, lindo né? Tudo importado e em acordo com os interesses financeiros dos gringo.

Os riquinhos não se conformavam que apesar dos pobrinhos não encomendarem seus jeans aos contrabandistas de plantão, andassem na moda como eles.

Quando descobriram que o brim de suas calças famosas, importadas dos gringo, era feito aqui mesmo no Brasil, no Rio de Janeiro, em Petrópolis na fabrica D. Isabel, fizeram caras e bocas (como faz um famoso leitor de noticias de um noticiário de tv), e que as confecções que produziam essas calças eram de Duque de Caxias e de Nova Iguaçu, e por um preço muito menor. Começaram então as guerrinhas pró-gringo menosprezando as calças brasileiras.

Também não sabiam que o brim dessas calças era de melhor qualidade, muito mais encorpado, isso devido ao contrato dos gringo importadores que não permitiam a venda do mesmo brim que eles utilizavam, em nosso mercado.

Contornando (jeitinho brasileiro), a imposição do contrato, a fábrica objetivando atender ao mercado interno, aumentou a torção dos fios para a confecção do tecido dando-lhe mais resistência e tornando-o mais atraente.

Outro presente de grego, digo de gringo, na mesma época, foi o leitinho para pobrinho.

O governo brasileiro e o governo dos gringo, formalizaram um contrato, convênio, acordo, ou seja lá o que for, chamado Aliança para o Progresso.

Esse negócio foi patrocinado por não menos que a USAID.

Chegavam ao porto do Rio de Janeiro, navios enormes, abarrotados de sacos de leite em pó. Os armazéns do porto do Rio ficavam abarrotados de leitinho em pó.

No entanto para o retorno dos navios, os gringo tinham um problema muito sério. Qualquer navio para navegar com estabilidade precisa de lastro. Lastro é um peso colocado no fundo das embarcações, que impede a, digamos, falta de equilíbrio, dando-lhes estabilidade.

Mas como todo gringo é sábio, resolveram o problema com a maior facilidade.

De acordo com as más línguas ou línguas de Matilde, os navios dos gringo saiam do porto do Rio de Janeiro, e correndo o enorme risco de um desastre, iam até o porto do Espirito Santo para fazer o lastro.

Ai surge uma pergunta. Usar o que para lastro?

A água é usada para esse fim, sempre foi e em todo o mundo.
Mas o problema parecia que era a dificuldade de limpeza da lama que se formava nos porões com o vazamento do leitinho das embalagens danificadas.

O Brasil na época tinha pouca coisa para exportar.

Heureca!!!

Simples, simples, vamos usar areia! Sim areia, o que mais temos em nosso imenso litoral além de água?

Mas para não estragar a beleza das praias Capixabas, os gringo, muito conscienciosos escolheram as areias mais feias, uma areia amarelada com um pouco de lama preta, horrível. Praia com essa areia era até considerada imprópria para o lazer.

Como a maioria dos brasileiros idolatravam os gringo, ninguém se importava que levassem aquela areia, era para fazer lastro, coisa insignificante.

Mas, porém, contudo, todavia, o que os gringos não diziam é que aquela areia era: Areia Monazítica.

Devemos agradecer sempre aos gringo o apoio dado a nossa “Redentora” bem como o aprimoramento cultural dado a muitos brasileiros em sua renomada Escola das Américas no Panamá.

Acredito que esse termo “Redentora” tenha caído em desuso por força da mídia principalmente, logo após o seu fim.

Mas para os velhos que gostam de seu País, sim eles são GRINGO e tudo que representam.

É agradável ver nas manifestações mundo afora, os cartazes que dizem:

GRINGO GO HOME.

Tenho uma dúvida atroz:

Nelson Rodrigues quando mencionou Complexo de vira-latas” referia-se ao jogo Brasil e Uruguai em 1950 ou ao comportamento humilhante de Otávio Mangabeira.

Subservientes ou simplesmente colaboradores?

PRESIDENTE DA COLÔMBIA - JUAN MANUEL SANTOS CALDERON





Sem legendas. Precisa?



Isto e apenas uma ficção, qualquer semelhança com fatos ocorridos, ocorrendo ou que venham a ocorrer é mera coincidência.

Espero não ser objeto de retaliações econômicas, pois o velho aqui é inativo (vagabundo, de acordo com um presidente que tinha por cá, que por coincidência está aí em cima) e com os proventos bem mixurucas. Espero também que nenhum drone venha zumbir nos meus ouvidos confundindo-me com a zoeira da minha pressão alta e descabelando minha careca com o deslocamento de ar.